Salve!

Eu sempre quis ter um blog para chamar de meu. Um lugar onde eu pudesse publicar tudo o que acho interessante, sabe? As redes sociais até deveriam servir para isso, mas lá existe um monstro chamado algoritmo, totalmente voltado a escravizar as pessoas — e isso não combina com os meus ideais.

Quando criança, depois de começar a enjoar de ler as revistas da Turma da Mônica (não parei de ler, mas bateu a vontade de conhecer gibis com temas mais adultos), acabei me deparando com Chiclete com Banana, do cartunista Angeli.

Nem preciso dizer que foi paixão à primeira vista. Tanto os traços quanto as histórias me deixavam completamente entretido.

Desde pequeno sempre tive facilidade para desenhar, mas nunca levei muito a sério. Anos depois, decidi: vou trabalhar com quadrinhos! Procurei a melhor escola de São Paulo e encontrei um curso na Escola Panamericana de Artes.

Ao me matricular, fui informado de que o curso duraria 2 anos e meio — sendo o primeiro um curso de desenho básico, com duração de 6 meses. Nem pensei duas vezes! A mensalidade equivalia ao meu salário inteiro, mas meu pai topou pagar a gasolina e emprestar o carro.

Quando terminei o curso, veio o baque: o curso de quadrinhos havia sido cancelado, para o meu desespero. Disseram que eu tinha duas opções: seguir com Publicidade/Marketing ou Design da Imagem. Acabei escolhendo a segunda opção, completamente frustrado.

Nos anos seguintes, contudo, o curso de Design acabou me servindo bem. Consegui trabalho em uma agência, ganhava muito bem e estava vivendo uma fase tranquila. Mas então chegaram as Inteligências Artificiais — e meus clientes simplesmente sumiram.

Juro que eu não esperava essa reviravolta. Não tenho raiva das IAs, mas a verdade é que já não tenho mais a juventude ao meu lado e preciso me reinventar para sobreviver.

Numa viagem ao meu interior, em busca de respostas para os meus dias atuais, resolvi revisitar um antigo sonho: voltar a me dedicar aos quadrinhos e às animações.

Convido você a conhecer meu humilde acervo, contendo tudo o que já fiz e tudo o que estou produzindo atualmente. Hoje, tudo o que eu quero é pagar minhas contas trabalhando com o que amo. Só isso.

Ah… e ser feliz.

Seja bem-vindo!